Percorre pelo Brasil a lei que diminui o tempo de prisão, para o detento que dedicar horas de sua vida carcerária a leitura e dissertação. Não cabe a este artigo, analisar a eficiência desta lei e sim refletir sobre o tema da leitura enquanto ferramenta libertadora. Em tempos de pleno acesso a cultura de massa, por conta dos avanços tecnológicos e seus respectivos equipamentos, parece que a leitura continua sendo um hábito pouco difundido em outros veículos de comunicação. O livro ainda é uma ferramenta custosa, os títulos que surgem diariamente, nem sempre chegam na prateleira ou mesmo na cabeceira de quem anseia pelo conhecimento.
A atitude de debruçar se sobre um livro, merece total apoio, por parte da família da escola e das instituições religiosas. O leitor do novo milênio deve ser amparado pela experiência do leitor de outrora, que sabia se concentrar e conectar a leitura com a realidade, mesmo que a leitura o transforma se em: cavaleiro, mágico, astronauta, espião; o mesmo detinha a capacidade de voltar imediatamente a suas atividades quotidianas, amparado pelo conhecimento adquirido e não pelo desejo de permanecer em uma dimensão paralela a realidade.
O leitor atual, além de perceber o mundo de forma fragmentada, mergulha em plataformas transmidiáticas, que aprisionam sua capacidade interpretativa, transformando o em um mero repetidor de informações e não, em um agente do conhecimento. A leitura é sem dúvida um hábito libertador, por isso entenda, em tempos que a formação e a informação estão ao alcance de todos, ler e escrever por conta própria, torna se um diferencial competitivo para o mercado de trabalho e para a vida. Por isso não perca tempo, aproveite sua liberdade, potencialize seus dons, não leia todos os livros do mundo, mas leia tudo que servir para ampliar seus horizontes, sem esquecer que as lições do livro devem ser materializadas no mundo real, não seja um prisioneiro da imaginação, mas um semeador do conhecimento e um construtor da paz. Boa Leitura!
Ricardo Chagas
Consultor Educacional