A filha do rei da Espanha, Cristina, é indiciada por tráfico de influência
Atualizado em 05/04/2013 – 11h 07
A intimação da infanta Cristina no inquérito de corrupção, que envolve o marido dela, era inevitável e mais um duro golpe contra a Coroa espanhola. Esta foi a reação da maior parte da imprensa do país sobre o caso.
A infanta, de 47 anos, vai depor em 27 de abril diante do juiz de instrução José Carlos por possível cooperação com o marido, suspeito de ter desviado milhões de euros do dinheiro público através do Instituto Nóos – entidade que presidiu entre 2004 e 2006.
Logo depois do anúncio da intimação de Cristina, a Casa Real espanhola manifestou “surpresa” com a decisão. “Os casos de corrupção e tentativa de se aproveitar do prestígio junto ao Estado, e inclusive a instituição real, nunca havia sido cogitado, nunca houve comentário algum sobre a possibilidade durante muitos anos. Ninguém pensava em nada parecido. É para todos uma grande surpresa muito desagradável”, afirmou o socióloga Fermin Bouza.
O sociólogo acha ainda que o momento da Monarquia coloca em xeque o rei Juan Carlos. “A situação é tão grave que se ele quiser manter a Coroa, e tenho certeza de que deseja, muita gente pensa, entre eles eu, que apesar da crise econômica o momento é de passar o reinado para o filho e a nora”, disse.
Ideia partilhada de certa forma pelo jornal progressista El País, que afirmou em uma matéria que seria aconselhável a própria princesa pedir ao rei que a afastasse da linha sucessória da Coroa.
Do RS21
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