No final do 7º dia da Assembleia foi realizado o tradicional Culto Ecumênico da CNBB
Atualizado em 17/04/2013 às 10h45
A Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB realizou nesta terça-feira, 16 de abril, durante a 51ª Assembleia Geral, em Aparecida (SP) a apresentação de seu relatório de atividades. No final dos trabalhos de hoje, um culto ecumênico foi realizado no plenário, reunindo outros líderes de igrejas cristãs.
O culto foi presidido por dom Maurício Andrade, bispo primaz da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Também estavam presentes: a pastora Romi Benck, secretária executiva do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs; o casal Eleni Rangel e o Hermes Rangel, presbíteros da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil; Rev. Arthur Cavalcante e o Rev. José de Jesus, da Comunhão Anglicana do Brasil; os pastores Nestor Paulo Friedlich e Guilherme Lieven, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil; Pr. Werston Brasil, da Igreja Presbiteriana Unida; e os pastores Rui Rodrigues e Álvaro Pauluci, da Comunidade Carisma.
Ecumenismo
Dom Francesco explicou aos jornalistas que o ecumenismo é o movimento de diálogo e intercâmbio entre as igrejas cristãs. Ele lembrou que o ecumenismo nasceu no mundo protestante, em 1910, com o propósito de proclamar Jesus Cristo e promover a união no testemunho de Jesus como o Senhor.
“O ecumenismo tem como centro a pessoa, a mensagem, o testemunho e, sobretudo, o testemunho da paixão, morte e ressurreição do Senhor”, disse dom Francesco.
O bispo ressaltou que o diálogo inter-religioso é o diálogo entre religiões diferentes. E explicou que a origem do diálogo inter-religioso é bíblica. “São apresentados fatos no Antigo Testamento que Israel se encontra com expoentes de outra religião. Desde Abraão que se encontrou com o sacerdote Melquisedeque, era o sacerdote do Deus vivo, mas não pertencia a raça de Israel e ele acolheu Abraão, o abençoou e, Abraão ofereceu a sua oferenda e lá houve um encontro entre expressões religiosas diferentes”, lembrou.
Questionado sobre como promover o ecumenismo, dom Francesco respondeu que “o caminho será bonito na medida em que cada Igreja e cada tradição religiosa cristã apresentar o melhor de si para que haja uma unidade pluriforme e reconciliada. Onde várias expressões da vida de fé colocadas em comum e, doadas a todas às Igrejas, possam expressar a riqueza e a variedade dos dons que Deus fez surgir através das divisões do passado”.
No final do 7º dia da Assembleia foi realizado o tradicional Culto Ecumênico da CNBB que contou com as presenças da Igreja Evangélica de Confissão Luterana, Igreja Presbiteriana Unida, Igreja Episcopal Luterana do Brasil e da Comunidade Pentecostal Carisma. O culto foi presidido pelo Primaz do Brasil da Igreja Anglicana, dom Maurício Andrade que fez uma reflexão a partir das leituras bíblicas. “Isso é o sinal de que as Igrejas que possuem sensibilidade ecumênica querem manter o espírito ecumênico, o diálogo, o intercâmbio, a oferta de dons, além da troca de riquezas”, apontou dom Fracesco.
Fonte: CNBB
Saiba mais:
Dom Murilo Krieger fala da reflexão dos bispos sobre política e eleições.
“Queremos que cada pessoa possa vivenciar e testemunhar a fé”, disse Dom Sergio da Rocha
Renovação da Igreja é tema das discussões na Assembleia Geral da CNBB
Ex-presidente da CNBB ressalta a relação positiva do Brasil com a Santa Sé