Mateus 19,3-12
Atualizado em 15/08/2014 às 06h00
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PRIMEIRA LEITURA: Ezequiel 16,1-15.60.63
EVANGELHO: Mateus 19,3-12
[quote type=”center”]Os fariseus vieram perguntar-lhe para pô-lo à prova: É permitido a um homem rejeitar sua mulher por um motivo qualquer? Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu. Disseram-lhe eles: Por que, então, Moisés ordenou dar um documento de divórcio à mulher, ao rejeitá-la? Jesus respondeu-lhes: É por causa da dureza de vosso coração que Moisés havia tolerado o repúdio das mulheres; mas no começo não foi assim. Ora, eu vos declaro que todo aquele que rejeita sua mulher, exceto no caso de matrimônio falso, e desposa uma outra, comete adultério. E aquele que desposa uma mulher rejeitada, comete também adultério. Seus discípulos disseram-lhe: Se tal é a condição do homem a respeito da mulher, é melhor não se casar! Respondeu ele: Nem todos são capazes de compreender o sentido desta palavra, mas somente aqueles a quem foi dado. Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda.[/quote][/box]
COMENTÁRIO
É permitido repudiar a própria mulher por qualquer motivo?
A lei judaica permitia que o homem repudiasse a sua esposa (Dt 24,), se nela encontrasse “algo indecoroso”.
As escolas rabínicas não se entendiam sobre a interpretação desta lei. Os laxistas julgavam que um homem que encontrasse uma mulher mais bonita do que a sua esposa podia chegar a repudiá-la. Os puristas, ao contrário, viam nesse comportamento um caso de adultério ou, pelo menos, costumes levianos.
Os fariseus colocam esta questão a Jesus, é uma armadilha: eles querem obrigá-lo a tomar partido entre duas escolas.
No casamento, a sexualidade é completada no compromisso com o cônjuge e com os filhos. No celibato, a sexualidade transcende-se no compromisso com Cristo e com o Evangelho.
A proibição do divórcio é, eminentemente, uma defesa da mulher e uma recuperação do designo de Deus; nele o homem e a mulher se unem como iguais, pra se transformarem num só ser.
“Vossa cólera se aplacou e vós me consolastes.”
Isaías 12,1c
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