O Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos ressaltou a importância de denunciar as perseguições contra os cristãos, porque hoje temos mais perseguições do que nos primeiros séculos depois de Cristo
Atualizado em 23/07/2014 às 09h18
Foto: Rádio Vaticano
“Precisamos ser mais corajosos em denunciar as perseguições contra os cristãos, porque hoje temos mais perseguições do que nos primeiros séculos depois de Cristo”: é o que afirma, em entrevista ao jornal vaticano L’Osservatore Romano, publicada no último fim de semana, o Cardeal Kurt Koch, Presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, vendo nisto também uma possível motivação de maior convergência no âmbito ecumênico com as outras Igrejas cristãs.
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“Calcula-se – explica Dom Koch – que 80% das pessoas perseguidas por causa de sua fé são cristãs. Acredito que nós estamos calados demais”. De acordo com o purpurado, “todas as comunidades, todas as Igrejas tem seus mártires. O sangue não divide, mas une. Na Igreja antiga se dizia que os mártires são semente de novos cristãos. Hoje podemos dizer que os mártires são a semente do ecumenismo e da unidade para a futuro”.
Em continuidade com São João Paulo II, acrescenta Dom Koch, “o Papa Francisco fala de ecumenismo do sofrimento. Este é o alicerce mais profundo e espiritual do compromisso ecumênico. Isto é válido, sobretudo, nos Países de origem do cristianismo, no Oriente Médio, onde os cristãos fogem, são obrigados a sair, porque se continuam aí são mortos”. “É triste ver como só as estruturas vazias continuam e não os homens. E se isto acontecer perderemos muito. Mas vejo também sinais positivos: em algumas áreas, como a Síria, a perseguição está unindo os cristãos”, concluiu o cardeal suíço.
Fonte: Rádio Vaticano
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