Santo Egídio
Santo Egídio nasceu em Atenas, na Grécia, por volta de 650 DC. Era de família rica e cristã. Desde jovem sentiu um chamado para a vida eremítica. Ele vivia na pobreza e dedicava-se somente a Deus. Depois da morte de seus pais, distribuiu toda a sua herança entre os pobres e doentes, passando a viver em grutas. Dedicava-se ao jejum, à oração e aos sacrifícios. Deus o agraciou com o dom da cura, da sabedoria e de milagres.
Seu primeiro milagre foi a cura de um mendigo à porta de uma igreja. O homem estava muito doente e sem roupas. Santo Egídio cobriu-o com seu manto e o homem ficou curado no mesmo instante. Por esse fato, Egídio passou a ser considerado o protetor dos mendigos.
O rei dos visigodos estava caçando próximo à gruta de Santo Egídio. E, ao ver que o povo procurava por ele, e tendo testemunhado alguns milagres, construiu uma igreja e um mosteiro para Santo Egídio atender melhor as pessoas. Sua regra era baseada na oração, na mística e na ascese. Assim, uma vila nasceu em torno do Mosteiro e passou a ser chamada cidade de Santo Egídio. Depois de sua morte, o mosteiro passou a ser administrado pelos beneditinos.
Egídio faleceu em 1º de setembro de 720. Sua sepultura tornou-se um centro de peregrinação e seu culto espalhou-se pelo mundo.
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Santa Beatriz da Silva Menezes
Beatriz nasceu em 1424, em Ceuta, uma cidade que pertencia ao reino de Portugal, situada no norte da África, Marrocos. Sua família era da nobreza portuguesa: seu pai, Rui Gomes da Silva, era um ilustre comandante do exército; sua mãe chamava-se Isabel de Menezes e frequentava várias cortes. Ainda na infância, voltou com a família para Portugal.
Ao completar vinte anos de idade, Beatriz foi para a corte da Espanha, pois sua tia Isabel, infanta de Portugal, que se casara com o rei de Castela, convidou a sobrinha para ser sua primeira dama de honra. Muito virtuosa e piedosa, achava que a vida do palácio não era muito compatível com seu jeito de ser e pensar, mas aceitou a nova função. E foi aí que sua provação se iniciou.
Beatriz era uma jovem muito bela fisicamente, além de ser amável, culta, inteligente e educada nas virtudes cristãs. Logo que chegou, despertou a admiração de todos, o que provocou o ciúme e a inveja da rainha, sua tia, que passou a maltratá-la e até a castigá-la sem razão alguma. Beatriz a tudo suportou sem falar nada para ninguém.
Certa ocasião, a soberana tentou asfixiá-la, mantendo-a presa durante três dias numa arca sem ventilação, água e comida. Mas obrigada pelas circunstâncias, teve de soltar a sobrinha. Naquele período, Beatriz recebeu a graça de uma aparição de Nossa Senhora e a incumbência de fundar uma Ordem religiosa dedicada à Imaculada Conceição.
Imediatamente, deixou a corte e ingressou no Mosteiro de São Domingos, em Toledo, onde as religiosas viviam sob a Regra cisterciense. Uma vez aceita, cobriu seu rosto com um véu branco por toda a vida. Acalentou durante muito tempo o anseio para fundar a nova Ordem religiosa. Depois de trinta anos, conseguiu realizar a missão que a Virgem Maria lhe confiara, com a ajuda da nova rainha da Espanha.
Em 1479, com a união dos reinos de Aragão e Castela, a rainha Isabel, a Católica, filha da soberana que atentara contra sua vida, portanto prima de Beatriz, foi visitá-la. Ao saber dos seus planos de uma nova congregação, doou a ela o palácio de Galiana, em Toledo, e a anexa igreja de Santa Fé.
Beatriz transferiu-se para a nova residência em 1484, junto com doze companheiras, dando início ao primeiro mosteiro da Ordem das Clarissas da Imaculada Conceição, conhecidas como as monjas concepcionistas. Em seguida enviou o regulamento que escrevera, fundamentado nas Regras das Clarissas, para ser aprovado pelo papa Inocêncio VIII, que o confirmou em 1489.
Porém, dez dias antes da cerimônia em que todas professariam a nova Ordem, Beatriz teve uma nova aparição da Virgem Maria, que lhe comunicou que ela morreria na data da festa. Por isso professou os votos na véspera desse primeiro grupo e morreu feliz, no dia 1º de setembro de 1490. A fundadora sabia que tinha deixado na terra uma semente, recebida das mãos da Virgem Maria, e que germinaria pelos séculos afora, no mundo todo.
Desde que se afastou da Corte, Beatriz havia adotado o costume de conservar sempre o rosto velado, para evitar que sua beleza fosse ocasião de pecado.
No leito de morte, quando lhe foi ministrada a santa Unção, descobriram-lhe o rosto e, para grande surpresa, constatou-se que ela, embora tivesse mais de 60 anos de idade, tinha conservado a mesma fisionomia de jovem. Deus quis, por esse milagre.
Ela foi considerada precursora do culto e da teologia do dogma da Imaculada Conceição da Santíssima Virgem Maria, que seria proclamado cerca de quatro séculos depois pelo papa Pio IX.
A fundadora foi beatificada somente em 1926 e canonizada cinquenta anos depois pelo papa Paulo VI, mas santa Beatriz da Silva já era venerada havia muitos séculos, espontaneamente, em todo o mundo cristão.
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