Fundou o Instituto das “Irmãs de Maria Menina”
Atualizado em 26/08/2014 às 06h00
Catarina Gerosa nasceu em 29 de outubro de 1784, em Lovere, no norte da Itália. Reservada e tímida viveu um período da sua infância atrás do balcão do pequeno comércio da família. De saúde muito frágil, não podia estudar. Modesta e caridosa vivia uma espiritualidade simples, desenvolvida na missa, que frequentava todos os dias.
Os anos seguintes à invasão napoleônica da Itália mudaram sua vida. A crise econômica levou à morte de seu pai, depois sua irmã Francisca e, por último, em 1814, também sua mãe. Apesar da tragédia pessoal, com ânimo e fé inabalável, Gerosa aceitou tudo com resignação. Confiante em Deus sofreu no silêncio do seu coração, encontrando forças na oração e na penitência.
Teve o grande amparo de seu confessor e orientador espiritual, que pediu ajuda a Gerosa nas atividades religiosas desenvolvidas pela paróquia às jovens carentes. Com zelo, ela organizou um oratório feminino com encontros de orações e palestras religiosas.
Foi lá que, em 1824, conheceu Bartoloméia Capitanio. Era uma jovem professora de dezessete anos, nascida também numa família humilde, em Lovere. Desde menina, pensava em dedicar-se a praticar a caridade aos pobres e aos doentes. Por isso se diplomou professora no colégio das Clarissas de sua cidade natal.
Conheceram-se por meio do pároco, porque ele queria que Gerosa criasse alguns grupos de orações para jovens. Ele sabia que Bartoloméia havia criado uma escola para instruir e dar formação religiosa às meninas pobres e abandonadas. Lá, Gerosa daria orientação nas práticas das atividades domésticas. A escola tornou-se um centro de encontro para jovens e muitos grupos de orações também foram criados.
Estavam tão empenhadas em auxiliar os pobres e enfermos que foram chamadas para ajudar no hospital de Lovere. Na oportunidade, tiveram a inspiração de dar vida a uma comunidade religiosa feminina do tipo das irmãs de caridade vicentinas. A situação política, entretanto, era desfavorável, não permitia essa interdependência.
Com muita dificuldade, junto com a companheira, Gerosa fundou, em 1827, um novo instituto religioso regular, para dar assistência aos doentes, instrução gratuita às meninas abandonadas, fundar orfanatos e dar assistência à juventude. Foi chamado de Instituto das Irmãs de Maria Menina, com sede em Lovere e com as regras escritas por Bartoloméia. Para evitar objeções de caráter político, o instituto foi fundado autônomo. E assim independente ele permaneceu, cresceu e se difundiu nos anos subsequentes.
Mas, em 1833, Bartolméia morreu, com apenas vinte e seis anos de idade. Gerosa continuou sozinha, recebendo, mais uma vez, o apoio e o estímulo de seu orientador espiritual. O instituto estabeleceu-se e recebeu aprovação canônica em 1840. Catarina Gerosa emitiu os votos, vestiu o hábito e tomou o nome de Vicência, sendo eleita madre superiora.
Morreu depois de uma longa doença, em 28 de junho de 1847, e foi sepultada ao lado da co-fundadora, no santuário da Casa-mãe, em Lovere. Atualmente, o Instituto das Irmãs da Caridade das Santas Bartoloméia Capitanio e Vicência Gerosa, ou Irmãs de Maria Menina, atua em toda a Europa, África, Ásia e nas Américas. Santa Vicência Gerosa é celebrada no dia de sua morte e foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950.
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